.....sisto e não me incomodo a principio: basto-me estar apparado pelo lugar do corpo que será tocado para fazer-me chorar ao nascer, entrechocando-me com meus irmãos plurivitelinos. É evidente que todos gostariamos de saber a hora exacta de ir á luz e deixar de estar menos entregue, mas o utero que nos contém também nos confunde. A alternancia rhythmica no fado colectivo faz-me agarrar com mais força á placenta fria que se torna tepida ao sugar paulatinamente meu calor. Dentre meus irmãos tão grisalhos, birrentos e pouco violentos, há os que se perfumaram demais numa tentativa de mitigar alguma doença congenita, e também o chulé duma creança dysodiosa e um apetrêcho diplodermico que me atenaza o flanco. A cadella quadrada acaba de parir uma senhora – ella obedeceu ao signal idiossincratico aguardado por cada um, talvez a côr daquela virilha citadina onde se vêem agora uma risada e uma grade incompleta. A aversão da matriz ao decubito põe-na em movimento novamente e, nessas horas, todos fingem não sentir seus sonhos sugados até o coração psychopompo onde explodem por empathia (sei que alguns vêm até aqui tão-sòmente para essa dação mechanica de devaneios infructiferos). Mudando de foco o olhar, gr.ç.s a .....s, apesar de tudo meu corpo sente-se bem por ter sido resguardado do cansaço de carregar-se, e o omnibus gravido de mim trabalha seu parto expulsando-me no vazio conhecido bem guardado por um braço de concreto revestido por um cartaz de propaganda que diz “sou o que fodo”. Daqui, agora, vejo penoso e involuntario o tecido ethereo cerzido pelos olhares dos nascituros – perdidos, é verdade, pois parecem tentar lembrar-se de algo escripto que o suor lhes apagou das mãos tr......
terça-feira, 10 de julho de 2007
PENSAMENTOS INCOMPLETOS — FRAGMENTO 0C0.7D7
.....sisto e não me incomodo a principio: basto-me estar apparado pelo lugar do corpo que será tocado para fazer-me chorar ao nascer, entrechocando-me com meus irmãos plurivitelinos. É evidente que todos gostariamos de saber a hora exacta de ir á luz e deixar de estar menos entregue, mas o utero que nos contém também nos confunde. A alternancia rhythmica no fado colectivo faz-me agarrar com mais força á placenta fria que se torna tepida ao sugar paulatinamente meu calor. Dentre meus irmãos tão grisalhos, birrentos e pouco violentos, há os que se perfumaram demais numa tentativa de mitigar alguma doença congenita, e também o chulé duma creança dysodiosa e um apetrêcho diplodermico que me atenaza o flanco. A cadella quadrada acaba de parir uma senhora – ella obedeceu ao signal idiossincratico aguardado por cada um, talvez a côr daquela virilha citadina onde se vêem agora uma risada e uma grade incompleta. A aversão da matriz ao decubito põe-na em movimento novamente e, nessas horas, todos fingem não sentir seus sonhos sugados até o coração psychopompo onde explodem por empathia (sei que alguns vêm até aqui tão-sòmente para essa dação mechanica de devaneios infructiferos). Mudando de foco o olhar, gr.ç.s a .....s, apesar de tudo meu corpo sente-se bem por ter sido resguardado do cansaço de carregar-se, e o omnibus gravido de mim trabalha seu parto expulsando-me no vazio conhecido bem guardado por um braço de concreto revestido por um cartaz de propaganda que diz “sou o que fodo”. Daqui, agora, vejo penoso e involuntario o tecido ethereo cerzido pelos olhares dos nascituros – perdidos, é verdade, pois parecem tentar lembrar-se de algo escripto que o suor lhes apagou das mãos tr......
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