
E Nubia, onde está ella?
Foi-se Nubia p'ra perto do raso das aguas
Pedir a Mar-ia que a levasse, então, embora
P'ro baptismo de sal
E Nubia assim se foi mesmo
Deram-lhe de vez a passagem
Alguém lha deu de vespera
Caiu o bilhete da janela
E Nubia o pegou, aberta:
Violou-o destarte
Nada azêdo nem fosco
Lá estava escripto
Mas as palavras dansam
Pediu soccorro
Palavras maldictas
Suffocaram sua voz
Deus a queria
fora dali,
que se fôra
Alma torta
Lampada morta
Deus disse:
— Vae-te, Nubia,
Não tens luz
Busca
Deus notou
Dúvida atroz
Empurrou-a
O mar chama
pois Nubia
não
E dahi
o mar
a
pagou.
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